A arquitetura biomimética é um método de construção que utiliza inúmeros elementos da natureza, como plantas, minerais, animais etc., em projetos arquitetônicos. Além de promover uma visualização encantadora, pode ser confeccionada de forma sustentável.
Seu maior objetivo é proporcionar qualidade de vida à sociedade em diversos aspectos. É considerada uma ciência que se baseia em estruturas da natureza para oferecer funcionalidade e alternativas para a vida dos seres humanos.
Quer compreender como aplicar a arquitetura biomimética? Continue a leitura e veja como fazer por meio de exemplos de grandes nomes na área!
Antoni Gaudí foi um arquiteto Catalão que atuou no século XIX, considerado um profissional que tem estilo diferenciado. Suas obras nunca foram parecidas com as de outro profissional e permanecem na história até hoje. Ele costumava utilizar muitas formas geométricas, cores e texturas nas suas construções, como ferro forjado, cerâmicas e marcenaria.
A Catedral Católica Sagrada Família é a obra mais importante, conhecida e visitada do arquiteto. O interior foi criado inspirado nas florestas. A obra da Catedral Católica Sagrada Família iniciou em 1882, foi suspensa em 1936, devido à Guerra Civil, e tem previsão de ser concluída até 2026.
Antoni Gaudí trabalhou no projeto até seu último ano de vida, em 1926. É uma das obras mais visitadas pelos turistas que frequentam Barcelona. Em média, cerca de três milhões de pessoas passam pelo local para conhecer a Igreja. A maior atração da obra são os diferenciais criativos que Gaudí desenvolveu.
A arquitetura é feita com um sistema de colunas anguladas e abóbodas hiperboloidais, que tem o objetivo de dispensar a necessidade de contrafortes voadores. Isso quer dizer que os pesos que estão na posição horizontal são apoiados nas colunas interiores. A obra é constituída de formas tridimensionais de superfícies regradas. Essas e outras especificidades da estrutura melhoram a acústica e a iluminação no interior do templo.
A obra que expressa muito bem a arquitetura biomimética de Gaudí, é o Parque Guell em Barcelona. Com uma área de mais de 17 hectares, é um local que apresenta inúmeras características da arquitetura biomimética, como figuras de animais, formato de árvores etc. Além dessas referências, o parque contém diversas formas geométricas. Em grande parte dessas geometrias, a decoração é feita com mosaicos coloridos para reaproveitar pedaços de cerâmica, caracterizando-se, então, como uma obra sustentável.
A arquitetura biomimética tem sido aplicada em grandes projetos brasileiros por meio das obras do arquiteto Marko Brajovic. Ele se inspira na diversidade que a fauna e a flora do Brasil dispõem. Os benefícios dos projetos não são apenas de design visual, mas também para funcionalidades da sociedade.
A regularização térmica do local é feita por um sistema que conduz vapor de água para aquecer ou resfriar o espaço. A forma como os cabos para a eliminação de vapor foram colocados pelo parque tem o objetivo de conduzir as pessoas pelo local, que segue o mesmo padrão que as formigas utilizam quando percorrem seus caminhos pela terra. A primeira intenção é relacionar o conforto térmico com o sistema circulatório do jacaré, e a segunda, com a locomoção das formigas.
A arquitetura biomimética foi aplicada nas suítes do hotel na Península de Maraú, na Bahia. Por ser uma região com temperaturas elevadas, o objetivo do projeto era oferecer melhoria térmica ao ambiente. Marko Brajovic teve como base as tocas do Cão de Pradaria, que são tubos longos que ficam no subsolo e fazem a entrada e saída de ar de forma rápida, que ocorrem por meio das diferenças na pressão atmosférica.
A obra arquitetônica biomimética realizada no Parque Ibirapuera foi para conter a poluição do ar. O parque é localizado na zona urbana, onde o fluxo de transporte é intenso. Por isso, a má qualidade do ar poderia comprometer a saúde respiratória das pessoas que transitam naquelas imediações.
Para minimizar essa problemática, Marko Brajovic utilizou esponjas, peixes filtradores e plantas fitorremediadoras. Foram idealizadas células que pudessem filtrar e absorver partículas de ozônio e conduzi-las para que fossem condensadas para selecionar a poluição.
O Eastgate Centre (Harare, Zimbábue) é um dos edifícios biomiméticos mais conhecidos na arquitetura. A obra foi idealizada por Mick Pearce. O prédio é composto por duas torres que funcionam em um shopping center, na primeira, e um escritório, na segunda. O projeto se tornou conhecido e valioso devido a não ter sistema de ar condicionado e, mesmo assim, ser um ambiente com temperatura interna agradável durante o ano inteiro. Foi essa ideia que enalteceu a criatividade do profissional.
A grande criação de Mick Pearce foi inspirada em cupinzeiros africanos. No interior do recinto, os cupins se alimentam de fungos que são produzidos no próprio local. Para que os fungos sobrevivam no ambiente, a temperatura no interior deve ser, em média, de 30,5 °C. Essa temperatura é mantida devido às atividades que os cupins realizam, de cavar e fechar continuamente diversas saídas de ar do cupinzeiro. Essa atividade faz com que a temperatura do ambiente seja estável.
Quando o ar penetra no edifício Eastgate, ele é aquecido ou resfriado pelo concreto do prédio, dependendo do que está mais quente, se o ar ou o concreto. O espaço entre os dois prédios possibilita a circulação do ar, fazendo com que ele seja extraído do espaço aberto. Depois, ele é empurrado para cima, por meio de dutos localizados na coluna central de cada edifício.
Esse processo faz com que o ar frio fique no lugar do ar que deve ser substituído, saindo pela porta de escape nos tetos dos andares. Por fim, ele entra no local de exaustão dos dutos verticais antes de ser lançado para fora do prédio pelas chaminés. Esse projeto gera cerca de 10% de economia no consumo de energia elétrica.
Portanto, para realizar projetos voltados para arquitetura biomimética, é importante que os arquitetos criem programas que utilizem produtos como revestimentos com estéticas artesanais, que conferem charme e aconchego ao trabalho manual. Eles trazem toque humano e emoção, para tornar o ambiente mais leve e proporcionar qualidade de vida às pessoas que frequentam o local.
Gostou de descobrir como a arquitetura pode beneficiar a vida humana, ao aplicar os produtos ideais para proporcionar o bem-estar nos ambientes? Então, siga nossas redes sociais para acompanhar nossos conteúdos: Facebook, Instagram, LinkedIn e YouTube.