Associando o conhecimento biológico e comportamental às novas tecnologias, a neurociência surgiu como uma solução para muitos problemas do século 21. Afinal, graças a ela houve diversos avanços nas áreas de educação, negócios, marketing e vendas, por exemplo.
A neurociência esclarece, em diversos aspectos, o que ocorre e como funciona o cérebro humano. Por isso, o tema é de grande interesse e relevância, no entanto, embora seja uma área de conhecimento bastante divulgada, a maioria das pessoas não sabe explicar exatamente do que se trata a neurociência.
Pensando nisso, preparamos este artigo com as principais informações sobre essa área, destacando sua história e evolução, benefícios e principais tendências, como a neuroarquitetura. Acompanhe a leitura e fique por dentro do assunto!
Neurociência é o campo científico que estuda o sistema nervoso, focado em apresentar a sua estrutura e seu desenvolvimento, além de compreender as possíveis mudanças que ele enfrenta ao longo da vida de uma pessoa. Esse sistema é constituído pelo cérebro, medula espinhal e nervos periféricos que, em geral, são os instrumentos de pesquisa dos cientistas do ramo.
A área se estabeleceu como conhecimento científico na década de 1970, apesar da atração do ser humano pelo cérebro possuir registros que datam do Egito Antigo. No Brasil, esses estudos ganharam impulso entre os anos 1940 e 1950, com pesquisas em algumas universidades, como UFRJ, UFMG e USP.
Por muito tempo, a neurociência esteve restrita à questão biológica, isto é, aos comandos oferecidos pelo cérebro e realizados por outras partes do organismo. Entretanto, uma vez que o cérebro se tornou agente em experimentos, ficou evidente sua relação com a consciência, ocasionando uma série de questionamentos quanto ao seu papel nas decisões humanas.
Foi por essa razão que a neurociência ganhou ainda mais destaque, já que apresenta potencial para explicar os fenômenos da mente e as reações do corpo humano.
A neurociência abrange uma área ampla e de abordagem multidisciplinar. Isso quer dizer que ela está relacionada com vários outros campos, partindo de conhecimentos e aplicações da Física, Linguística, Psicologia, Comunicação, Engenharia e outras.
Sendo assim, o principal intuito dos neurocientistas é interpretar os comandos e as finalidades do cérebro, assim como das modificações que o órgão sofre no processo de envelhecimento humano.
Para delimitar os objetos de estudo da neurociência, a área foi dividida em cinco campos. São eles:
Podemos dizer, portanto, que a neurociência explica não apenas os comportamentos do corpo, mas os fenômenos da mente. Trata-se de um campo científico que apresenta estruturas, processos de desenvolvimento e transformações que podem acontecer ao longo da vida.
Muitas organizações têm adotado a neurociência nas operações diárias, principalmente na relação entre os colaboradores. Esse conhecimento é muito utilizado na seleção de talentos, para avaliar quais candidatos estão mais adaptados às necessidades do negócio.
Além disso, podemos destacar outras vantagens da neurociência:
Diante disso, é evidente que os setores de Recursos Humanos e Marketing Digital são os que mais se beneficiam com a aplicação da neurociência. Afinal de contas, as funções cerebrais ajudam a compreender de maneira mais precisa o comportamento do cliente, como, por exemplo, o que leva a preferir determinado produto em relação ao outro.
Agora que você já sabe o conceito da neurociência, é possível relacionar o papel das emoções às decisões humanas. Por esse motivo, grande parte das empresas tem buscado informações retiradas a partir das emoções para incentivar o consumo e observar os desejos dos consumidores.
Essas ideias, geralmente, são conquistadas por meio das reações e comportamentos expressos, o que pode tornar os clientes ainda mais suscetíveis ao consumo. Portanto, a neurociência é aplicada nesse caso para compreender o comportamento dos consumidores e as necessidades de seus clientes.
Podemos pensar, por exemplo, no estudo da neurociência aplicado à arquitetura — também conhecido como neuroarquitetura —, que permite saber como o cérebro reage a determinados espaços. Ou seja, considera a arquitetura como um fator ativo e influente no cérebro humano.
Dessa forma, as empresas reconhecem a responsabilidade sobre esses efeitos e projetam ambientes que provocam o bem-estar físico e mental de seus consumidores por meio da manipulação desses elementos. É o caso da disposição de objetos em alguns pontos de venda ou espaços comerciais, que pode influenciar na escolha de um revestimento para a construção.
Isso acontece, na maioria das vezes, porque a saúde e o bem-estar estão em evidência, sendo fundamental planejar espaços confortáveis que favoreçam a qualidade de vida dos usuários, já que essa tendência é cada vez mais cobrada pelo mercado e pela sociedade por meio da neuroarquitetura.
Vale ressaltar que foi inaugurado o Roca NeuroLAB há alguns meses, com 145 m², localizado no showroom da Roca Brasil Cerâmica (PR). O espaço foi desenvolvido para dar vida a um experimento científico baseado nos conceitos da neuroarquitetura. Seu principal objetivo é buscar soluções que favorecem de forma positiva o estilo de morar das pessoas.
Como você pôde ver, ao entender os mecanismos da neurociência, a área da arquitetura pode proporcionar uma experiência positiva e vantajosa, direcionando as sensações dos usuários e a escolha dos objetos.
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