Grandes mulheres construíram e mudaram a história da arquitetura pelo mundo. Zaha Hadid é um dos nomes mais renomados nessa profissão que une estética e funcionalidade.
A arquiteta iraquiana-britânica, entusiasta de Oscar Niemeyer, tem uma arquitetura marcante e monumental. As curvas, a fluidez e o uso dos materiais de forma deslumbrante são marcas de seus projetos.
Zaha Hadid se destacou e cresceu em meio a uma história que privilegia homens. Com isso, tornou-se inspiração para as mulheres na arquitetura e em cada uma de suas obras incentiva a criação e a coragem para inovar.
A seguir, conheça mais sobre a carreira e a vida dessa profissional que ganhou o mundo da arquitetura e inovou nas formas de construir. Acompanhe!
Zaha Hadid nasceu em 31 de outubro de 1950, em Bagdá, capital do Iraque. Futuramente, radicou-se na Inglaterra, onde ascendeu em sua profissão.
Sua primeira formação foi em matemática, na Universidade Americana de Beirute, no Líbano. Foi em 1972, com 22 anos de idade, que Zaha Hadid iniciou seus estudos na arquitetura e se matriculou na renomada Architectural Association School of Architecture, em Londres.
Durante sua formação, a arquiteta conheceu dois professores que foram figuras importantes para o início de sua carreira profissional: Rem Koolhaas e Elia Zenghelis. Ambos foram mencionados em seu discurso no prêmio Pritzker.
Após o curso, em 1977, ingressou no Office of Metropolitan Architecture (OMA), estúdio fundado pelos seus mestres. Em 1979, a arquiteta deu início à carreira a solo. Na década de 80, fundou sua empresa de arquitetura e design, Zaha Hadid Architects.
A arquiteta conseguiu destaque em sua profissão quando, com pouco tempo de carreira, ganhou o prestigiado concurso Hong Kong Peak Club, ao elaborar um centro de lazer e recreação, em 1983. Ainda assim, o projeto nunca foi construído.
Um dos primeiros projetos construídos executados pelo escritório de Zaha Hadid foi o prédio do corpo de bombeiros de Vitra, na Alemanha, no ano de 1993. A profissional ficou mundialmente conhecida e se tornou inspiração no âmbito da arquitetura devido a suas formas únicas, caracterizadas por fachadas curvas e sinuosas.
Seu trabalho também se destaca pela forma como aplica os materiais, a complementarem tão bem suas formas. Em sua arquitetura, busca não só a beleza, mas também, gerar sensações naqueles que passam por suas obras. Zaha Hadid faleceu aos 65 anos, em 2006.
A arquitetura de Zaha Hadid tem sua marca. Suas formas a fizeram ser conhecida como “rainha das curvas”. A aplicação de materiais tão tecnológicos se refletiu, também, no codinome “arquitetura futurista”.
Suas obras podem ser consideradas desconstrutivistas, não se enquadram em um tipo de movimento ou tipologia arquitetônica. O desconstrutivismo está mais próximo a uma vertente de provocação, à busca por algo fora do padrão.
Nele, a arquitetura se desfaz em formas atípicas, com uma liberdade formal única, assumindo formas irregulares, que vão além das simples formas geométricas. Zaha Hadid ganhou destaque por projetos inovadores nesse sentido. A seguir, conheça algumas de suas obras.
O Galaxy Soho é um edifício localizado no centro de Pequim (China). O local conta com diversos usos, sendo os andares mais inferiores utilizados para entretenimento e comércio, os do meio, em maioria, escritórios, e os mais altos são os bares, restaurantes e cafés.
São cinco volumes construídos que se interligam de maneira fluida por meio de passarelas. A fachada moderna tem curvas sinuosas e uma iluminação que completa a experiência visual e sensorial provocada por esse projeto executado pelo escritório Zaha Hadid.
Localizado no distrito de Burj Khalifa, em Dubai, o edifício Opus é parte de uma rede de hotelaria. O projeto conta com duas torres principais que se interligam por meio de uma ponte suspensa e uma espécie de cubo vazio no centro do edifício. Como todas as obras de Hadid, o edifício tem formas fluidas e orgânicas.
O Corpo de Bombeiros de Vitra, na Alemanha, foi um dos primeiros projetos de Zaha Hadid construídos, sendo parte importante para a ascensão de sua carreira. Planos de concreto se cruzam de forma oblíqua pelas fachadas do edifício.
O concreto é o material predominante e utilizado de forma aparente na obra. As placas revelam a cada instante um novo ambiente. Formas prismáticas são encaixadas em diferentes alturas e se misturam por meio de diferentes ângulos, revelando um espaço moderno e novo a cada passo.
O prêmio Pritzker foi criado pela família Pritzker, de Chicago, por meio de sua Fundação Hyatt, em 1979. Seu primeiro homenageado foi Philip Johnson, arquiteto estadunidense e um dos principais ícones da arquitetura do século XX. Ele é considerado o Prêmio Nobel da Arquitetura.
O prêmio tem como propósito, segundo a própria organização responsável pelo evento, “homenagear um arquiteto ou arquitetos vivos, cujo trabalho construído demonstra uma combinação dessas qualidades de talento, visão e compromisso, que produziu contribuições consistentes e significativas para a humanidade e o ambiente construído através da arte da arquitetura.”
Zaha Hadid ganhou o prêmio em 2004, e foi a primeira mulher a ocupar esse posto. Dentre os arquitetos brasileiros, alguns nomes já foram enaltecidos pelo prêmio, como Paulo Mendes da Rocha e Oscar Niemeyer.
Zaha Hadid, em entrevista ao jornal El País, já manifestou seu olhar sensível às obras do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer. Durante a conversa, ela menciona a ambição de Niemeyer, ao fazer com que obras de concreto pareçam líquidas. Hadid considera o arquiteto brasileiro um gênio do século XX.
Niemeyer, carioca nascido em 1907, marcou a história da arquitetura e se tornou uma figura extremamente importante para a difusão das artes brasileiras pelo mundo. Trabalhou com arquitetos renomados, como Lúcio Costa e Le Corbusier.
Suas obras são conhecidas pelas monumentais habilidades desenvolvidas por meio de curvas. Muitas delas são referência na arquitetura modernista e na história da arquitetura brasileira.
O Baralho das Superarquitetas é um jogo de cartas que homenageia e reconhece o trabalho de diferentes mulheres que mudaram a história da arte, da habitação e do urbanismo no mundo. São 34 cartas, com 32 arquitetas brasileiras e internacionais e mais duas cartas especiais para serem preenchidas.
O baralho pode ser jogado de diferentes formas, mas traz sugestões de uso, incluindo o tradicional supertrunfo, no qual se escolhe uma carta e uma categoria para comparar. Outra forma de jogar indicada é adivinhar o nome da arquiteta e/ou urbanista, de acordo com as informações dadas.
Zaha Hadid é uma das arquitetas que estão presentes no Baralho das Superarquitetas. De forma divertida, você consegue conhecer mais sobre essa profissional incrível e outras grandes mulheres que mudaram a história da arquitetura pelo mundo. O jogo foi desenvolvido pela revista Projeto e o Casacadabra, com o apoio da Roca Cerámica.
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